terça-feira, 21 de setembro de 2010

Narrativas Visuais na Informação

             Quem já não ouviu a expressão, aqui adaptada, de que uma imagem pode valer mais do que muitas palavras?! Com o “boom” tecnológico refletido em diversas áreas e visível na história da fotografia, a utilização de imagens por fotos, é cada vez mais comum nos diversos âmbitos da sociedade. Nesse contexto, uma imagem pode ser caracterizada por expressar sozinha o sentido de algo, instigando assim, representações imaginéticas por parte de quem a olha e que de determinada maneira a interpreta, atribuindo um significado.
            No ramo da informação, cada imagem é muito importante por tratar-se de um documento, além da importância das representações e o “fazer parte de algo”.  Imagem na informação é sinônimo de história, memória, momento, acontecimento, estado, avanço, fonte de pesquisa, entre outros, constituindo muitas vezes, acervos fotográficos documentais em diversas instituições, tais como Bibliotecas, Arquivos e Museus.
 A Unidade de Informação que possui um acervo fotográfico e corresponde à missão da instituição, deve possuir aparatos necessários para conservar, organizar e disseminar esse tipo de informação, pois como nos diz Silva [20--?, p. 5]: “A fotografia é um instrumento de pesquisa valioso para o pesquisador, mais (sic) para que possa atingir os seus objetivos – atender as necessidades de recuperação da informação contida no referido documento – requer um tratamento adequado.” Atendendo a perspectiva das representações no tratamento das imagens, o profissional da informação deve primeiramente realizar uma leitura adequada da imagem, para posteriormente exercer as demais habilidades técnicas necessárias para classificar esse documento, sempre visando a eficaz recuperação da informação. De acordo, Silva [20--?, p. 5] coloca que:

[ . . . ] é necessário do profissional da informação além dos conhecimentos técnicos, a sua capacidade cognitiva para avaliar o conteúdo das imagens, buscando compreender que o documento fotográfico tem uma natureza diferenciada, devido a sua linguagem não-textual, e requer uma leitura e interpretação para posterior consulta e recuperação da informação e disseminação junto aos usuários – pesquisadores das diversas áreas do conhecimento.
           
Intrínseco ao tratamento de imagens e também visando a sua preservação, é necessária a utilização de suportes adequados para melhor armazenar o documento.  Manter a imagem somente em formato de fotografia em papel, não é o  ideal. Seguindo os avanços tecnológicos, existem modernas técnicas de digitalização, muito utilizadas para armazenar esse tipo de documento, que também podem ser gravado em CD-ROM. Além das vantagens de integridade física e preservação, o documento em formato digital é mais acessível aos interessados e mais facilmente manuseado, podendo também com maior facilidade ser utilizado em trabalhos.
            Num tempo que se privilegia as formas digitais, a adequada recuperação da informação de imagens por esse meio é essencial, mas para tal, o reconhecimento da importância da imagem, seu tratamento, preservação e disseminação são questões primárias, pois sem elas, a imagem em forma digital não tem utilidade.

Referência

SILVA, Rosi Cristina da. O profissional da informação como mediador entre o documento e o usuário: a experiência do acervo fotográfico da Fundação Joaquim Nabuco. [S.L.]: [20--?].

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