segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Serão os jornais, só eletrônicos?

             Uma discussão que sempre ocorreu quando surge algo novo no campo da informação, quando uma modalidade de acesso à mesma surge para complementar outra, se refere à sua substituição – sempre o novo, amparado pela última ou nem tão recente tecnologia, instiga o pensamento de substituição do modelo antigo, pois vários questionamentos são feitos e sempre existem pessoas contra e a favor.
            O jornal sempre existiu na forma impressa, mas com o advento da web, a sua disseminação passou também a ser eletrônica – inicialmente como simples cópia do impresso e agora com hiperlinks e demais ferramentas complementares às notícias - pois como nos diz Quadros (2002): “O boom dos diários digitais foi entre 1995 e 1996, desde então muitos teóricos das mais diversas áreas (filosofia, informática, comunicação, sociologia etc.) discutem sobre a extinção do jornal impresso.” Num momento de reflexão, tendemos a pensar que isso já ocorreu antes, referido a um outro objeto – com a web, os livros deixam de existir? Essa questão de um novo meio de acesso à informação suprimir ou substituir o outro, independente do suporte, sempre vai existir, pois é a evolução tecnológica, o querer sempre mais e mais rápido, fácil, econômico, que permeia o pensamento humano.
Agora, a tendência dos jornais impressos em se tornarem somente eletrônicos, tem suas causas. Como ponto de partida dessa discussão, tomemos a idéia de população-alvo como clientes dos jornais eletrônicos, população que hoje é em sua maioria, midiática – são pessoas que utilizam constantemente a web e outras tecnologias. A partir dessa consideração, vejamos as causas dos jornais impressos tornarem-se eletrônicos, conforme Alves (2006):
 
Ilustração: Interatividade
Fonte: blog Consultoria doméstica

   1)   A web oferece um alcance global, sem barreiras, possibilitando assim que uma pessoa possa ter acesso ao jornal de qualquer lugar do mundo.
    2)  A indexação no meio virtual permite a cumulação de conteúdo, para futuras pesquisas
     3)  A web fornece interatividade com seus usuários, ou seja, o leitor pode escrever comentários, sugestões e críticas on-line. Mais importante, esse novo leitor não precisa “aceitar” as notícias “em pacote fechado como no jornal impresso” -ele escolhe o que quer ler, forma seu pacote de notícias.

            Essa mudança de paradigma do acesso à informação por meio de jornais eletrônicos tem um alto impacto nos canais de informação, pois como nos diz Alves (2006, p. 98): “A novidade é que temos à nossa disposição um meio que tem a capacidade de absorver as características de todos os outros meios. A internet pode ser rádio, TV, jornal, revista, tudo ao mesmo tempo.” Essa junção de variados tipos de informações em um único meio pode ser entendida como promoção dos canais de informação, pois o leitor dali pode direcionar-se ao referido canal, ou pode ser entendida como o fim para o canal que não se atualiza, não mantêm a atratividade.

    
Ilustração: Profissional do futuro
Fonte: Google

Para os profissionais da informação, é um desafio, de manterem-se atualizados principalmente com as novas tecnologias, o que também engloba os serviços técnicos da profissão, tais como catalogação, indexação e classificação, além de um conhecimento geral – cultura.  


Referências 

ALVES, Rosental Calmon. Jornalismo digital: dez anos de web... e a revolução continua. Comunicação e Sociedade, [S.l.], v. 9-10, p. 93-102, 2006. Disponível em: <http://moodleinstitucional.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=101617>. Acesso em: 25 out. 2010. 

INTERATIVIDADE. 1 fotografia, color. Disponível em: <http://blog.consultoriadomestica.com.br/>.  Acesso em: 25 out. 2010.

PROFISSIONAL do futuro. 1 fotografia, color. Disponível em: <http://tatuape.wordpress.com/about/>. Acesso em: 25 out. 2010.

QUADROS, Claudia Irene de. Uma breve visão histórica do jornalismo on-line. In:
CONGRESSO ANUAL EM CIÊNCIA DA COMUNICAÇÃO, XXV., 2002, Salvador. Núcleo de Pesquisa Jornalismo. Salvador: 04 e 05 set. 2002. Disponível em: <http://moodleinstitucional.ufrgs.br/mod/resource/view.php?id=101615>. Acesso em: 25 out. 2010.
           

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Repositório de vídeos: atendendo necessidades


Iniciando uma reflexão a partir de uma questão norteadora sobre algo que até então não tinha me dado conta de existir, apesar de um pouco utilizar: o que são os repositórios de vídeos? Rozados [2010?, p. 2] define repositórios de vídeos como “sistemas de captura, tratamento, organização e recuperação da informação multimídia – vídeos.” Ora, as informações que procuramos normalmente numa biblioteca, em um banco de dados ou em qualquer outro meio, podemos obter em repositórios de vídeos. De um amplo leque de informações das mais variadas áreas do conhecimento, permeando pelo entretenimento, ideologias ou meras mensagens a serem transmitidas, viu-se que os repositórios de vídeos poderiam ser úteis na educação, de uma maneira até mais atrativa, por se tratarem de recurso midiático que muito alunos de pronto poderiam estar familiarizados.
O resultado da interação entre repositórios de vídeos e educação deu origem aos repositórios de vídeos educativos - repositórios de vídeos com a mesma sistemática, mas com o diferencial do conteúdo ser restritamente educativo, com temas relevantes na educação em sala de aula, complementares e significativos, salientando que, os vídeos não precisam ser utilizados somente em aula presencial, mas também nas plataformas de ensino á distância. Tendo como público-alvo alunos e professores e objetivando a educação, os vídeos podem ser utilizados para diferentes fins, como nos diz Moran (1995), tais como para a sensibilização (introduzir um novo assunto e despertar a curiosidade); como ilustração (complemento do tema estudado); como simulação (mostra a experiência na prática) como conteúdo de ensino (o próprio tema a ser estudado); como produção (dos próprios alunos); como avaliação (dos alunos, professores e processos), como espelho (como análise individual e grupal) e como integração/suporte (conhecer outras mídias).
Um bom exemplo de repositório de vídeo educativo é o YouTubeEdu, que disponibiliza vídeos educativos de todas as áreas do conhecimento humano, com um sistema fácil de recuperação de informação por essas áreas e que pode ser acessado por qualquer pessoa e em qualquer lugar, abrangendo um público alvo diverso, pois no meu entender não são só estudantes que contemplam esse tipo de informação, mas qualquer pessoa. O You Tube foi fundado em fevereiro de 2005 com o propósito de compartilhar vídeos originais de todo o mundo e com todo o mundo via web (YOUTUBE, 2010). Utilização na e para a educação, é melhor ainda!!!

Referências

ROZADOS,   Helen Beatriz Frota. Tema 5: repositórios de vídeos. [2010?]. 20 transparências. Disponível em: <http://moodleinstitucional.ufrgs.br/course/view.php?id=10743>. Acesso em: 18 out. 2010.

MORAN, José Manuel. O vídeo na sala de aula. Comunicação & Educação, São Paulo, jan./abr. de 1995. Disponível em: < http://www.eca.usp.br/prof/moran/vidsal.htm>. Acesso em: 18 out. 2010.

YOUTUBE. Histórico da empresa. 2010. Disponível em: < http://www.youtube.com/t/company_history>.  Acesso em: 18 out. 2010.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Vídeo: fonte de informação crescente

No mundo globalizado onde as tecnologias emergem constantemente, abriu-se espaço para um fluxo intenso de informações. Crescentemente, pessoas tem acesso à internet e hoje, já não mais aquela internet estática que alguns conheceram, mas a Web 2.0 – dinâmica, participativa, em que os indivíduos tem a possibilidade de criar e consumir informações, divulgá-las, modificá-las.
            Entre as várias opções da rede - blogs, fotos, textos, redes sociais, enciclopédias participativas – os vídeos apresentam-se como uma interessante fonte de informação. Vídeos, que há muito tempo existem, desde a época da televisão em preto e branco e que poucos tinham acesso, mas que com o tempo e avanço, foram evoluindo para o que hoje conhecemos, em qualquer local e momento.
            São várias as mensagens, dizeres, imagens, significados, informações que um vídeo nos passa e o interessante é que:

O vídeo parte do concreto, do visível, do imediato, próximo, que toca todos os sentidos. Mexe com o corpo, com a pele -nos toca e ‘tocamos’ os outros, estão ao nosso alcance através dos recortes visuais, do close, do som estéreo envolvente. Pelo vídeo sentimos, experienciamos sensorialmente o outro, o mundo, nós mesmos. (MORAN, 1995, p. 2)
           
            Atribuindo todo esse significado ao vídeo, a sua utilização é muito variada. Como fonte de informação, pode representar documentários, filmes, palestras, desenhos, diversão, música, esporte, fatos do cotidiano, entre outros. Na internet, o site de vídeos You Tube é um dos mais acessados, com o diferencial que cada usuário posta seu vídeo, de maneira muito interativa.
            Nessa era da informação, é necessário fazer bom uso da mesma e o vídeo pode ser um instrumento muito válido para se obter informações, construir conhecimentos, educar e divertir

Referências:

MORAN, José Manuel. O Vídeo na Sala de Aula. Comunicação & Educação, São Paulo, ano I, n. 2, p. 27-35, jan./abr. 1995. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/comueduc/artigos/2_27-35_01-04_1995.htm>.  Acesso em: 04 out. 2010.